Novo Espaço Litúrgico de Pombares | Diocese Bragança-Miranda
No passado sábado, 20 de agosto, pelas 17h00, a comunidade paroquial de Pombares, Unidade Pastoral Senhora da Serra, reuniu-se com o seu bispo para a dedicação do novo altar da sua igreja matriz, bem como para a bênção do novo ambão e da nova sede da presidência.
Na homilia, D. José evocou a sua visita pastoral àquela que é uma das paróquias menos numerosas da diocese, mas cuja vida de fé é autêntica. Disse ainda que essa mesma vida de fé se expressa também na concretização daquele novo espaço litúrgico simples, digno e nobre para a celebração da liturgia daquela comunidade: “quem consegue assim um espaço litúrgico, sabe o que celebra”.
A decisão de dotar aquela comunidade de um novo altar, ambão e sede da presidência prendeu-se sobretudo com a urgência de substituir o antigo altar, cuja pobre construção se pode atribuir à pressa de reformular o espaço litúrgico após a reforma litúrgica conciliar.
Para a concretização deste espaço, partiu-se daquele que é o lugar central: o altar. O altar estável é “uma mesa especial do sacrifício e do banquete pascal”. Para evocar o sentido da ara do sacrifício e da mesa do banquete escolheu-se um bloco de pedra natural com dimensões cubico-rectangulares. Para significar que o Altar é Cristo e para aludir artisticamente ao memorial da sua paixão feriu-se a pedra. A pedra encontra-se ferida do lado direito, aludindo ao coração trespassado de Cristo donde brota, no sangue e na água, para a Sua Igreja o dom do Espírito Santo, qual torrente que leva vida e saúde a todos a quem chega. Essa torrente aparece no ambão, uma sepultura antiga escavada na rocha (como as que aparecem por algumas das nossas aldeias), cuja tampa partida é pisada pelo leitor, que naquele lugar empresta a voz à Palavra da Vida e anuncia a Ressurreição de Cristo e dos seus. Também a sede da presidência é inundada por essa torrente, numa cruz dourada, que descentrada faz sublinhar as dimensões horizontal e vertical das suas hastes; desse modo se evoca o ministério do pastor daquela comunidade, que será eternamente discípulo e por isso com a cruz sobre as costas, que estará intimamente unido ao mistério da Cruz do Senhor para no mistério pascal de Cristo saber introduzir a todos, que viverá intimamente unido a Deus (verticalidade) e intimamente unido ao Seu povo (horizontalidade).
Depois de à volta do único altar, aquela comunidade se ter aproximado de Cristo, pedra viva, e louvado com Ele o Pai, no Espírito Santo, houve espaço para um pequeno momento de convívio num lanche preparado pela comunidade.
Texto e fotografias: Padres José Luis Pombal e Manuel Rodrigues
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