Uma sinfonia ao amor no Matrimónio e na Família | Diocese Bragança-Miranda
O Papa Francisco assinou no dia 19 de março de 2016, solenidade de S. José e 3º aniversário do início do seu ministério petrino, a exortação apostólica pós sinodal amoris laetitia. É realmente uma exortação pós-sinodal, pois os relatórios finais das 2 assembleias do Sínodo dos Bispos sobre a Família são citados mais de 80 vezes.
Sendo um documento do Magistério, destacam-se algumas citações pouco comuns neste tipo de textos, como de Jorge Luis Borges e do fantástico filme «o festim de Babette». A linguagem deste desafiante texto, a começar pelo título «A alegria do amor» é de acolhimento e de integração das família na grande família de famílias, que é a Igreja. É um olhar muito positivo sobre a Família. Evoco, por exemplo, a beleza do capítulo IV como uma sinfonia ao amor no Matrimónio e na Família.
O Papa não faz a catalogação das famílias, mas apresenta o ideal cristão da família. Francisco não cai no esquema demasiado simples da classificação entre regular e irregular, porque este tipo de catalogação não é justo em relação às inúmeras situações das famílias. A terapia que Francisco apresenta é: acompanhar, discernir e integrar a fragilidade.
O Papa Francisco tem chamado à atenção para a preparação do Matrimónio. Trata-se da continuidade da iniciação cristã, uma espécie de novo catecumenado, isto é, uma formação global e integral de ser cristão no Matrimónio e na Família. A formação para o Matrimónio é de enorme importância.
São necessárias mais políticas que manifestem a centralidade da família em todas as dimensões. Há necessidade de maior apoio à natalidade e melhor atenção às famílias com mais filhos.
A nós pastores, o Papa Francisco sublinha: «os sacerdotes têm o dever de acompanhar as pessoas interessadas pelo caminho do discernimento segundo a doutrina da Igreja e as orientações do bispo» (n. 300).
+ José Manuel Cordeiro




