D. José Cordeiro lembra que “o bem faz sempre bem e não faz barulho” | Diocese Bragança-Miranda
A procissão de Sexta-feira Santa, em Bragança, serviu para o bispo diocesano, D. José Cordeiro, lembrar as obras de Misericórdia e que, “sem a caridade não bastam e não servem à autêntica fraternidade e à santidade de vida”. Numa alocução proferida no final da procissão, D. José Cordeiro frisou que “sem o amor não somos humanos nem cristãos” e que “o bem faz sempre bem e nunca faz barulho”.
O bispo diocesano referiu-se, também, aos atentados recentes que ocorreram em Bruxelas. “O bem não confunde os meios com os fins, porque sabe que o fim é a salvação na cruz ressuscitada e ressuscitadora de Cristo, que me leva a ver, olhos nos olhos, o Pai e os irmãos. Pelo contrário, o mal faz sempre mal e faz barulho e até mata. Conhecemos pela comunicação mais uma situação dramática no aeroporto e no metro em Bruxelas, onde tantos nossos irmãos e irmãs morreram e estão feridos por causa do terrorismo, cobardia e fanatismo que instalam o medo, a intolerância e a desconfiança. Os meios absolutizados destroem os fins e causam a morte, a vingança, o desespero. Os meios que tenho (carro, casa, dinheiro, autoridade, oração, tempo, dons, qualidades, capacidades) são fins em si mesmos?”, perguntou, pedindo para que “não tenhamos medo do perdão, da misericórdia e da ternura de Deus”. “A Páscoa é a constante passagem das obras misericórdia à Misericórdia das obras. Coragem e confiança para continuarmos peregrinos na santidade”, concluiu.
Já na quinta-feira anterior, na missa crismal, na catedral, que reuniu mais de 60 sacerdotes de toda a diocese e que contou com a participação de muitas instituições, como os Salesianos de Mirandela, a ASCUDT ou a Santa Casa da Misericórdia de Bragança, D. José Cordeiro apelou aos sacerdotes que sujem “as mãos, servindo”. “As mãos do sacerdote santificam e oferecem a Deus e aos irmãos o perfume da unção espiritual”, disse. “A amizade fraterna e comunhão sincera na corresponsabilidade é mais importante que trabalhar sozinho”, sublinhou o bispo diocesano. Nesta eucaristia procedeu-se, também, à bênção dos óleos sagrados que, durante o ano, serão utilizados nos crismas e demais cerimónias.
Ainda na quinta-feira, D. José Cordeiro fez uma cerimónia de lava-pés no Estabelecimento Prisional de Bragança, para além da habitual cerimónia que decorre na missa vespertina da ceia do Senhor, na quinta-feira à noite, na qual participaram alguns casais da diocese. Sábado à noite realizou-se a Vigília do Senhor, com um batismo.
Texto e fotografias: Mensageiro de Bragança













