Emoção na despedida dos finalistas do IPB | Diocese Bragança-Miranda

Cerca de 800 finalistas do Instituto Politécnico de Bragança despediram-se no sábado da vida de estudante - pelo menos, da licenciatura - numa missa de finalistas presidida por D. José Cordeiro e que terminou com choro e muita emoção, entre repetidas promessas de não deixar Bragança.

O bispo diocesano, na sua homilia, lembrou as palavras do Papa Francisco, em que acusa “o atual sistema económico” de produzir “ várias formas de exclusão social”. “As famílias sofrem de modo particular com os problemas relativos ao trabalho. As possibilidades para os jovens são poucas e a oferta de trabalho é muito seletiva e precária. As jornadas de trabalho são longas e, muitas vezes, agravadas pelo tempo gasto na deslocação. Isto não ajuda os esposos a encontrar-se entre si e com os filhos, para alimentar diariamente as suas relações”, disse D. José, citando o Papa Francisco. Mas o prelado deixou uma mensagem de esperança aos estudantes. “O primeiro emprego é certamente a vossa grande expetativa. Nestes dias, durante a visita pastoral que estou a realizar à Unidade pastoral de Ansiães, encontrei um jovem de quem os pais se referiam como estando desempregado, tendo ele concluído um curso superior. Ainda assim, o jovem fez de imediato o reparo: «não estou desempregado, pois ainda não tive a oportunidade do 1º emprego, pelo qual anseio. Reze por mim!»

Pelo menos os estudantes do IPB chegam à vida ativa com a mais valia de um curso tirado no melhor Politécnico de Portugal, segundo a União Europeia. O presidente da instituição acredita que isso “ajuda a abrir portas, pela credibilidade, para além de dar autoestima aos alunos”.

“Em termos de empregabilidade também estamos bem cotados. A referência que temos dos empregadores é de grande capacidade dos nossos alunos. Não é por acaso que se estão a instalar cada vez mais empresas da indústria e do setor secundário em Bragança, a grande maioria alimentada pelos nossos alunos”, sublinhou Sobrinho Teixeira.

Pelo mesmo diapasão afina Ricardo Pinto, presidente da Associação Académica. “Ser do IPB é um trunfo. Representa as melhores instituições do país a nível nacional. Isso permite ajudar a abrir portas”, frisou. Ricardo Pinto acredita que esta “é a geração de finalistas mais bem preparada de sempre”. “O corpo docente evolui e somos tricampeões nacionais”, destacou.

Refira-se, como curiosidade, que Engenharia Civil, com dois finalistas, foi o curso menos representado.

Texto e fotografia: Mensageiro de Bragança