Três ideias sobre a mensagem do Papa «Fake news e jornalismo de paz» | Diocese Bragança-Miranda

A propósito do Dia Mundial das Comunicações Sociais (13 de maio de 2018) publicamos aqui, e na edição semanal de "Mensageiro de Bragança", uma reflexão do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, acerca da Mensagem de Sua Santidade, o Papa Francisco.

Apresentamos, ainda, em rodapé, uma Proposta para a Oração Universal das Eucaristias do Domingo da Ascensão do Senhor.

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Três ideias sobre a mensagem do Papa «Fake news e jornalismo de paz»

A mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, sobre o tema “‘A verdade vos tornará livres’ (Jo 8, 32). Fake news e jornalismo de paz”, é dirigida a todos.

O Santo Padre quer ajudar a prevenir a “difusão de notícias falsas”, a “redescobrir o valor da profissão jornalística” e a envolver cada pessoa “na comunicação da verdade”.

Assim, é um documento que não diz respeito apenas a jornalistas e a outros profissionais do setor, mas também e sobretudo ao público, utilizador e produtor de conteúdos; é um documento igualmente relevante para os seguidores de meios de comunicação social, que tantas vezes se formam em grupos nas redes sociais, autênticas comunidades de amigos, mais ou menos conhecidos, mas com afinidades tão significativas que acabam por ligar pessoas e determinam comportamentos, consumos e decisões. E isto acontece tanto em torno de verdades como de falsidades...!

As “fake news” são lançadas em redes que, mais do que as filtrar ou corrigir, potenciam-nas, dão-lhes palco, audiência, público. Nascem e são divulgadas em torno de um grupo que jamais admitiria tratar-se de uma falsidade, uma vez que em causa está o próprio grupo.

A proposta do Papa na mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais assenta em três pontos de grande relevância e que nos implicam a todos. Cada um deles exige atitudes que nos ajudam seguir os desafios de Francisco:

  1. Prevenir a difusão de notícias falsas pelo distanciamento crítico e metódico em relação a todas as mensagens e pela procura de informação em mais do que um órgão de comunicação;
  2. Redescobrir o valor da profissão do jornalista, que num contexto de proliferação irregular de mensagens exige uma mediação cada vez mais assertiva do jornalismo; esta é uma profissão que nunca pode distanciar-se das tradições que definem a classe, nomeadamente a importância decisiva das fontes, para a procura do contraditório (quantas vezes, antes de se tirarem conclusões, é necessário ouvir ainda uma terceira voz...);  
  3. Comprometer cada pessoa na comunicação da verdade como um exercício do quotidiano naquilo que cada um transmite, por um lado, e, por outro, no que todos recebem, nunca negando a possibilidade de rejeitar ou ignorar uma notícia ou um órgão de comunicação social, quando possa estar em causa a verdade.

Três propostas para habitar o ambiente digital que marca a comunicação do nosso tempo, onde a buca da verdade é fundamental!

Secretariado Nacional das Comunicações Sociais.