2020-2021 | Busca | Diocese Bragança-Miranda

INSÍGNIA

Busca (ChV 209-211)

FONTE BÍBLICA

«Jovem, Eu te digo, levanta-te» (cf. Lc 7,14)

FONTE TEOLÓGICA

Uma Igreja Una e Santa

DESTINATÁRIOS PREFERENCIAIS

Crianças

APRESENTAÇÃO DO PLANO

A Igreja não é uma organização a que se adere, mas antes a uma família que se pertence e que vive de Cristo, em Cristo e para Cristo e o Senhor vive com ela e nela (Cf. CCE 807). Ao recitarmos o Credo, símbolo dos apóstolos, professamos “creio na Igreja una, santa, católica e apostólica”. São quatro atributos inseparavelmente unidos entre si que definem a essência da Igreja.

Neste primeiro ano pastoral vamos pender a nossa meditação, estudo e celebração sobre a Igreja como una e santa. O Compêndio do Catecismo da Igreja Católica afirma que a Igreja católica é única e é em si mesma unidade mesmo estando espalhada por todo o mundo. Os pilares da unidade da Igreja são uma só fé, uma comum esperança, a mesma caridade e a unidade nos sacramentos e ministério. A Igreja é uma só para todos, é uma casa de comunhão. Por isso S. Paulo pedia aos cristãos de Éfeso “sede solícitos em conservar a unidade do Espírito no vínculo da paz … um só Senhor, uma só fé, um só batismo” (Ef 4,3.5). Esta unidade promove e garante a diversidade através de vínculos profundos que unem todos os batizados e combate as divisões. O Papa Francisco frisa na catequese sobre a Igreja Una “A nossa unidade não é primeiramente fruto do nosso consenso, nem da democracia no seio da Igreja, nem sequer do esforço de estar em sintonia, mas deriva d’Aquele que faz a unidade na diversidade, porque o Espírito Santo cria uma unidade harmoniosa no meio de toda a diversidade de culturas, línguas e pensamentos”. O Espírito Santo é o princípio invisível da unidade da Igreja e o Bispo diocesano é o princípio visível dessa unidade.

Depois da proclamação da unidade da Igreja, no Credo acreditamos que ela é Santa pois é obra de Cristo e foi por Ele concebida como instrumento de santificação para a humanidade “Cristo amou a Igreja e Se entregou por ela, para a santificar (Ef 5, 25-26). A Igreja é santa porque é sinal eficaz da presença de Deus e da atitude salvífica de Jesus Cristo. O Papa Francisco, na catequese sobre a Igreja Santa, refere a santidade da Igreja “porque se deixa guiar pelo Espírito Santo que purifica, transforma e renova. Não é santa pelos nossos méritos, mas porque Deus a torna santa, é fruto do Espírito Santo e dos seus dons”. Mas a Igreja constituída por nós, que somos pecadores, é também pecadora e por isso somos chamados a deixar-nos transformar, renovar e santificar pela misericórdia de Deus. Cada cristão é chamado à santidade (LG 39-42) e a santidade é deixar Deus agir em nós, por isso Léon Bloy dizia “ existe uma tristeza na vida, a de não ser santo”. A Igreja oferece a todos a possibilidade de percorrer o caminho da santidade.

Neste Plano Pastoral, o “Primeirear” é a afirmação de Jesus, num relato de ressurreição do filho único de uma mulher viúva, ‘Jovem, eu te digo, levanta-te!’ (Lc 7, 14). A dinâmica da escuta e do levantar, de ser discípulo e ser missionário impõe-se como referiu o Papa, no Domingo de Ramos, “Queridos amigos, olhai para os verdadeiros heróis que vêm à luz nestes dias: não são aqueles que têm fama, dinheiro e sucesso, mas aqueles que se oferecem para servir os outros. Senti-vos chamados a arriscar a vida. Não tenhais medo de a gastar por Deus e pelos outros! Lucrareis… Porque a vida é um dom que se recebe doando-se. Eporque a maior alegria é dizer sim ao amor, sem se nem mas… Dizer sim ao amor, sem se nem mas, como fez Jesus por nós”. Nos  dois  primeiros  anos  do  Projeto  Pastoral  assumimos  o compromisso de nos implicarmos no exercício das obras de misericórdia.  Neste  primeiro  ano  propomos  implementar células de caridade das obras de misericórdia corporais nas comunidades e movimentos. Em grupos pequenos de 3 a 5 pessoas escolhem uma das obras [dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, dar pousada aos peregrinos, assistir os enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos] para se envolverem e acompanhar aqueles que necessitam, de forma especial os mais vulneráveis causados pela Covid-19.

Os destinatários preferenciais neste ano são as crianças. Na carta que o nosso Bispo escreveu às crianças que faziam a primeira comunhão disse “Também eu quero muito que os meus amigos da Diocese de Bragança-Miranda descubram que uma verdadeira vida precisa de ter Jesus como fonte. Só assim podemos ter uma Diocese cheia de Vida”. O investimento pastoral nas crianças, não só na catequese e aulas de EMRC, mas também proporcionando-lhes ambientes seguros, saudáveis e promotores de encontro com Jesus e com a comunidade cristã. Como refere o novo Diretório para a Catequese “a criança é capaz de Deus e que as suas perguntas acerca do sentido da vida nascem também nos lugares onde os pais estão pouco atentos à educação religiosa. As crianças têm a capacidade de colocar questões de sentido a respeito da criação, da identidade de Deus, do porquê do bem e do mal e são capazes de manifestar alegria diante do mistério da vida e do amor” (236) e deixa-nos um grande desafio eclesial “As crianças que, por diversos motivos, sofrem com a falta de referências seguras para a vida, muitas vezes também lhes é reduzida a possibilidade de conhecer e amar a Deus. Quando tal é possível, a comunidade eclesial deve saber dialogar com os pais, apoiando-os na sua função de educar; além disso, procure tornar-se presente e disponível para demonstrar sempre zelo materno e cuidados concretos: este será o primeiro e fundamental anúncio da bondade providente de Deus” (238).

ROTEIRO PASTORAL

O roteiro pastoral é constituído pelas 5 etapas propostas pelo Papa Francisco (EG 24):

  • Primeirear – É a disponibilidade para ouvir a voz de Cristo “Levanta-te”, pois há um caminho a percorrer na e com a Sua Igreja. Este deve ser um momento de intensa  oração que cultive em cada um de nós o discernimento que nos vincula a Cristo e a generosidade para a missão.
  • Envolver-se – A Igreja é mistério de unidade na diversidade que nos implica na transformação do mundo. Assim torna-se necessário conhecer a essência da  Igreja, partilhar  as suas dores e alegrias, os seus dinamismos e projetos com consciência ativa de que todos pertencemos a este Corpo de Cristo e por Ele somos santificados. Envolvermo-nos para sermos mais Igreja una e santa.
  • Acompanhar – Jesus comoveu-se de íntima compaixão ao ver aquela viúva que ia sepultar o seu único filho. Somos convidados ao longo deste ano pastoral a construir uma rede de obras de misericórdia corporais, onde pequenos grupos adotem e exercitem, de forma consciente e voluntária, uma dessas obras acompanhando os que sofrem.
  • Frutificar – Acolher, valorizar e difundir as boas práticas das nossas comunidades, que na sua singularidade, vão tornando presente a misericórdia de Deus.
  • Festejar – Cada arciprestado faz uma peregrinação à Catedral, ela tem um significado especial, pois é o  lugar  referencial teológico, sacramental e pastoral da Igreja diocesana. Em cada Igreja Local está presente a Igreja de Cristo, una, santa, católica e apostólica (cf. LG 26). A Catedral, porém, não simboliza apenas uma parte da Igreja, mas a Igreja na sua totalidade.

 

PRIORIDADES PASTORAIS

  1. Evangelizar, com mais sinodalidade, comunhão e coordenação, cuidando e valorizando as entidades e dinâmicas diocesanas para que sejam um sinal e uma escola de comunhão.
  2. Realçar a figura do Bispo e as diversas estruturas de âmbito diocesano como escola de comunhão na Igreja.
  3. Investir no catecumenado como escada de acesso consciente ao mistério de Cristo.
  4. A catequese de infância como ambiente favorável de encontro com Cristo e com a comunidade.
  5. A Celebração do Domingo que gera comunidades discípulas missionária.

 

ESTRATÉGIAS PASTORAIS

  1. Catequização sobre a figura do Bispo e estruturas diocesanas.
  2. Criação de uma plataforma de catecumenado diocesana com percursos arciprestais de catecumenado.
  3. Formação de catequistas de infância e adolescência.
  4. Promover o dia diocesano da infância cristã.
  5. Fomentar a catequese familiar.
  6. Criação de pequenos grupos caritativos “estende a tua mão ao pobre” através do exercício de uma das obras de misericórdia corporais.
  7. Difundir, através de uma exposição ou filme, uma pequena  biografia  de  santos  com  os  nomes  mais comuns das pessoas que formam a comunidade e daqueles que neste ano litúrgico e pastoral são baptizados.
  8. Divulgar, através dos meios de comunicação diocesanos, as boas práticas pastorais nas Unidades Pastorais.
  9. Formação de agentes litúrgicos para o serviço da Palavra e dos doentes.
  10. Peregrinar no dia do Arciprestado à Catedral.

DESCRIÇÃO DO SÍMBOLO DO ANO/PROJETO PASTORAL

Foi concebido pelo Professor Manuel Trovisco.

RESPOSTAS À ORAÇÃO UNIVERSAL:

Vozes: Patrícia Figueira Libano e Rafael Madanços. Letra: Ir. Maria José Oliveira. Música: Pe. Sobrinho Alves.

PLANO DE ATIVIDADES MENSAL disponível na Página da Vigararia para a Ação Pastoral.

ABERTURA DO ANO LITÚRGICO-PASTORAL:

Últimas atualizações em 28.11.2021 e 06.04.2021.